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sábado, 19 de novembro de 2011

O MOINHO - CAPÍTULO 5


Allan finalmente conhecerá Ruth de fato! Será que após conhecê-la, ele irá embora? Vejam agora no Capítulo 5. Boa leitura!

O MOINHO - CAPÍTULO 5

Allan sentou-se e sem cerimônias começou a saborear o delicioso coelho preparado por Ruth. Por algum tempo o silencio imperou no grande quarto que agora estava colorido, inclusive com uma cama preparada com lençóis brancos e limpos. Allan tinha certeza que aquela cama não estava lá antes, mas achou melhor não falar nada. Sabia que era bruxaria, mas nem pensava comentar a respeito.

- Ainda pensa que sou uma bruxa não é? Você devia ter acreditado no dono da taberna. Ele me conhece há muito tempo. Desde que era um garotinho fujão que eu encontrei na floresta no meio da noite. Deste dia em diante ele me admira e respeita e me deixa entrar em sua taberna para me divertir e caçar um pouco.

- Caçar?

- Sim, caçar. Sou uma vampira.

Disse Ruth, tomando um gole da taça, que, se observado direito tinha um líquido grosso e escuro demais para ser vinho.

Allan parou de comer imediatamente e perguntou:

- Se é vampira, que vai fazer comigo? Matar-me agora? Ou vai me guardar para quando tiver fome?

- Se quisesse já o teria matado na primeira noite, mas só caço pessoas ruins, de maus pensamentos e atitudes. O erro foi ter gostado de você. Tão puro de coração e tão bonito...

- Quer dizer que pode ler os pensamentos?

- Não necessariamente. Algumas vezes sim. Outras vezes sinto a aura da pessoa e posso afirmar com certeza se ela é ruim ou não.

- Sabe o que estou pensando agora?

- Que sou uma bruxa?

- Ah! Ah! Não... Penso como uma mulher tão linda pode ser vampira.

- Longa história. Começou mais ou menos como você. Eu me apaixonei pela pessoa errada. Fui até ele e pedi que me transformasse.

- Como assim? Você não nasceu vampira?

- Ninguém nasce vampiro. Não se sabe ao certo quem foi o primeiro, mas através dos séculos, somos transformados por nossos protetores.

- Protetores?

- Sim, vampiros que cansados de ficarem sós, escolhem alguém, não para saciar sua fome, mas para ter companhia.

- E sou seu escolhido?

- Não! Não quero para você o que sou! A eternidade é muito tempo!

- E onde está seu protetor?

- Foi morto pelos caçadores, homens que têm por profissão, nos caçar e matar?

- quer dizer que vocês também morrem?
- Sim, as lendas da estaca, do alho e da cruz são verdadeiras. Mas veja só! Eu ensinando a você como deve me matar!

- Não se preocupe você poupou minha vida, pouparei a sua!

O ambiente ficou cada vez mais calmo. Allan só tinha medo que Ruth lesse seus pensamentos e visse o quanto ela estava apaixonado por ela.

- Sim eu sei! Sinto também algo diferente por você!

- Nossa! Como faço para você parar de ler meus pensamentos?

- Vá embora e não volte mais à Galati.

- Não tenho nada e nem ninguém me esperando em Lion. Não quero voltar. Quero ficar aqui com você Ruth.

Allan disse isto se dirigindo para Ruth, pegando-a nos braços e dando um beijo em seus lábios carnudos e vermelhos como ela não sentia há muitos anos.

Pela primeira vez em todos seus anos de vampirismo, Ruth se sentiu mulher novamente. Allan despertara nela toda a meiguice que havia sumido pelos tempos.  Mas Ruth era uma vampira e seus instintos não tardaram a aparecer assustando Allan que se afastou quando sentiu os dentes caninos afiados de sua amada.

- Allan vá embora! Não há nada que podemos fazer! Não posso deixá-lo aqui para ser meu brinquedinho, eu o amo!

- Eu também a amo Ruth e não quero perdê-la nunca! Por favor, me transforme! Por favor! Preciso de você!

- Você não sabe o que está pedindo. É um caminho sem volta! Você perderá tudo o que é de mais bonito na vida. O brilho do sol, o canto dos pássaros, amigos, tudo!

- nada me importa a não ser ficar ao seu lado!

- Ruth, eu te amo!

Allan não ofereceu resistência quando Ruth se aproximou dando-lhe um leve beijo em seus lábios. Também não fez nada na hora em que ela, carinhosamente lhe mordeu o pescoço misturando o sangue impuro ao seu, iniciando o processo que o tornaria seu amado imortal.

- Durma meu amor! Você ainda terá um dia de sol. Aproveite-o, pois será o último.

Allan acordou cedo, com grande dor no corpo sentido como se sua carne fosse explodir.

Olhou para a janela e mesmo sem forças, caminhou até lá fora para ver o que sabia ser o último dia de sol de sua vida.

Aos poucos foi se acostumando com a dor. Tinha que ser forte para mostrar à sua amada que seu sofrimento estava valendo o que ela havia feito por ele. Saiu do quarto e começou a explorar novamente a casa onde estava. Notou que ela não estava mais em ruínas e não sabia se era imaginação ou se eram visões de sua nova vida.

Caminhou pelo jardim evitando os raios diretos de sol que já lhe incomodavam e viu porque Ruth havia dito com lágrimas nos olhos o que ele perderia sendo vampiro. O dia estava diferente, bonito, os pássaros estavam mais afinados e o sol brilhava de forma tão intensa que Allan tinha certeza de o sentir assim pela sua transformação.

Do mesmo modo que começou, o dia acabou rapidamente, deixando em Allan um gosto de saudades que só sumiu quando Ruth apareceu mais linda do que nunca, deixando o quarto com um brilho radiante.

- Como passou o dia?

- Aproveitei o máximo que pude. Agora estou pronto. Que vai acontecer?

- Ontem eu misturei nossos sangues, hoje você terá a segunda e última dose. Está preparado?

- Sim, claro.

- Preparei para você um jantar de despedida. Sua próxima refeição será como a minha.

- Precisarei matar pessoas?

- Só se for necessário. Você terá o dom de ler os pensamentos e ver as auras das pessoas e assim saberá separar as que merecem morrer e as que podem ser poupadas. Uma única mordida rápida, sem mistura de sangue, não prejudicará qualquer pessoa, que terá no máximo febre por alguns dias. Meu protetor chamava isto de jantar rápido. Várias vezes nos misturávamos às pessoas em multidões e saíamos sem sermos sequer percebidos pelos nossos alvos. Além do mais, podemos também nos alimentar de pequenos animais, como coelhos e veados. Particularmente prefiro o sangue dos humanos.

O jantar estava mesmo maravilhoso: javali com molho especial, pão amanhecido e vinho tinto de uma safra longínqua.

- Estou preparado!

- Que assim seja.

7 comentários:

  1. às 08 novembro 2011 em 02:06 - lunnafrank
    Ai sera que vamos ter um amor por toda eternidade , tomara que Allan se transforme em vampiro....Ai to adorando essa historia... Beijussss eu queria um amor assim ai ai ai...

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  2. às 08 novembro 2011 em 03:57 - luaesolnoiteedia
    Passando pra desejar uma noite d muito amor e paz ainda voltarei pra ler seus poemas prometo beiijjuuss

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  3. às 08 novembro 2011 em 03:57 - luaesolnoiteedia
    Passando pra desejar uma noite d muito amor e paz ainda voltarei pra ler seus poemas prometo beiijjuuss

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  4. às 09 novembro 2011 em 01:44 - poetaluizclaudio
    Um dia quando eu colocar um restaurante irei convida-lo..sera uma honra recebe-lo

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  5. às 10 novembro 2011 em 00:26 - poetaluizclaudio
    Sou suspeito pra te elogiar porque vc amigo é um poço e qualidades.que vc tenha uma otima quinta

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  6. às 11 novembro 2011 em 01:29 - 100palavrasvagno
    Já esta no capítulo 05, o sono tá chegando, durmo cedo! Volto outro dia e leio com bastante calma todos os artigos. Teremos quantos capítulos? Meu amigo escrito como é vosso nome? Obrigado pela visita e comentários no http://minharuasuarua.spaceblog.com.br/! Volto viu! Vagno!

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  7. às 20 novembro 2011 em 04:06 - marymeyer
    Passando para te agradecer pale visita e te desejar um domingo cheio de paz e muita luz.

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