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sábado, 19 de novembro de 2011

CRÔNICA DE UM AMOR ETERNO


Será que somente nós, os humanos, temos a grande sorte de nos apaixonarmos? Já foi comprovado que outras espécies de mamíferos têm esta capacidade.
Agora... será que outros seres também se apaixonam? eu particularmente acho que qualquer ser que tenha vida, tem sim a chama da paixão dentro de si...

CRÔNICA DE UM AMOR ETERNO

Nasceram... Primeiro ele e após algum tempo, ela.
No inicio, ele acompanhou seu crescimento, viu como ela ficava cada vez mais bonita e vistosa em relação às outras.
Ela, por sua vez, não lhe dava muita atenção e somente começou a notá-lo quando estava quase de seu tamanho.
Reparou como ele era imponente e como chamava a atenção de todos que por lá passavam.
Aos poucos começaram a se interessar um pelo outro, primeiro de forma menos intensa, depois com mais interesse.
Ele foi o primeiro a dizer que gostava dela. Ela foi a primeira a dizer que o amava.
Seguiram assim durante muito tempo, se olhando, conversando, dizendo frases apaixonadas.
Nunca se tocaram. Apesar de certa proximidade, era impossível fazê-lo. Este era o único sentimento que não compartilhavam. Por vezes era angustiante, mas não havia como se aproximarem. Tocavam-se com palavras e com juras de amor eterno.
Às vezes, outros casais, destes que podiam se tocar, os usavam para demonstrar sua paixão. Doía um pouco, mas era gratificante saber que eles seriam o símbolo do amor de outras pessoas.
Certa vez ela ficou doente, ele desesperou-se, pensando que a perderia para sempre, porém como a ajuda foi rápida, em pouco tempo, lá estava ela linda e majestosa como sempre.
Com o passar dos anos, suas juras de amor aumentaram, assim como a vontade de se aproximarem, se abraçarem e desta forma ser um só. Esta era sua grande vontade: Ser um só, para sempre.
Veio a seca e com ela os tempos ruins. Fome e sede eram o que mais assustava a todos do local. Ele sempre fazia um esforço extra para que sobrasse mais alimento para ela dentro do pouco espaço que tinham.
Uma brasa de cigarro começou o incêndio. Ele, já fraco e sem forças para agüentar muito, era atacado pelas chamas. Ela, em um último e grande esforço, conseguiu chegar próximo a ele e assim ser atingida pelo fogo que o consumia. Era melhor assim. Não conseguiria viver sozinha.
Todos podiam jurar que as fumaças que saíam deles, criaram dois corações que se entrelaçaram como que num abraço infinito.
No dia seguinte, manchete nos jornais:

INCÊNDIO QUEIMA DUAS ARVORES CENTENÁRIAS NA PRAÇA CENTRAL DA CIDADE.

8 comentários:

  1. às 30 setembro 2011 em 07:04 - lunnafrank
    Oi passando pra retribuir a sua visita, obrigada querido Bjusss e um final semana cheio de possibilidades...

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  2. às 30 setembro 2011 em 13:12 - alebrito
    KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK POW CARA, AXEI MUITO LEGAL ESSA CRÔNICA, MUITO INTELIGENTE POR SINAL RSRS, O FINAL ENTAUM RSRS... É DE SUA AUTORIA?

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  3. às 30 setembro 2011 em 15:13 - escritornashorasvagas
    Obrigado pelos comentários... Todos os textos, com exceção do JÓIA, são de minha autoria. Tem mais por aí.... Abraços!

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  4. às 04 outubro 2011 em 01:25 - fofurinhas
    belissima cronica anjo

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  5. às 04 outubro 2011 em 02:31 - luaesolnoiteedia
    Puxa vida q sejam as arvores mas que seja amor, amei o poema e lindo e d uma riqueza de argumentos doreiiiiiiiii por d+++++++++, tenha uma noite na paz d Deus bjokasssss no coração

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  6. às 04 outubro 2011 em 03:26 - escritornashorasvagas
    Obrigado pelas palavras! Cofesso que estava bastante inspirado quando escrevi esta crônica. Espero que gostem dos outros textos também! Boa semana!

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  7. às 07 outubro 2011 em 02:31 - 100palavrasvagno
    Este post, Sr. Mostra sensibilidade. Marcante.

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  8. às 07 outubro 2011 em 16:18 - escritornashorasvagas
    Obrigado... estava em casa e a idéia veio na cabeça... Abçs

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