Allan finalmente conhecerá Ruth de fato! Será que após conhecê-la, ele irá embora? Vejam agora no Capítulo 5. Boa leitura!
O MOINHO - CAPÍTULO
5
Allan sentou-se e sem cerimônias começou a saborear o
delicioso coelho preparado por Ruth. Por algum tempo o silencio imperou no
grande quarto que agora estava colorido, inclusive com uma cama preparada com
lençóis brancos e limpos. Allan tinha certeza que aquela cama não estava lá
antes, mas achou melhor não falar nada. Sabia que era bruxaria, mas nem pensava
comentar a respeito.
- Ainda pensa que sou uma bruxa não é? Você devia ter
acreditado no dono da taberna. Ele me conhece há muito tempo. Desde que era um
garotinho fujão que eu encontrei na floresta no meio da noite. Deste dia em
diante ele me admira e respeita e me deixa entrar em sua taberna para me
divertir e caçar um pouco.
- Caçar?
- Sim, caçar. Sou uma vampira.
Disse Ruth, tomando um gole da taça, que, se observado
direito tinha um líquido grosso e escuro demais para ser vinho.
Allan parou de comer imediatamente e perguntou:
- Se é vampira, que vai fazer comigo? Matar-me agora?
Ou vai me guardar para quando tiver fome?
- Se quisesse já o teria matado na primeira noite, mas
só caço pessoas ruins, de maus pensamentos e atitudes. O erro foi ter gostado
de você. Tão puro de coração e tão bonito...
- Quer dizer que pode ler os pensamentos?
- Não necessariamente. Algumas vezes sim. Outras vezes
sinto a aura da pessoa e posso afirmar com certeza se ela é ruim ou não.
- Sabe o que estou pensando agora?
- Que sou uma bruxa?
- Ah! Ah! Não... Penso como uma mulher tão linda pode
ser vampira.
- Longa história. Começou mais ou menos como você. Eu
me apaixonei pela pessoa errada. Fui até ele e pedi que me transformasse.
- Como assim? Você não nasceu vampira?
- Ninguém nasce vampiro. Não se sabe ao certo quem foi
o primeiro, mas através dos séculos, somos transformados por nossos protetores.
- Protetores?
- Sim, vampiros que cansados de ficarem sós, escolhem alguém,
não para saciar sua fome, mas para ter companhia.
- E sou seu escolhido?
- Não! Não quero para você o que sou! A eternidade é
muito tempo!
- E onde está seu protetor?
- Foi morto pelos caçadores, homens que têm por
profissão, nos caçar e matar?
- quer dizer que vocês também morrem?
- Sim, as lendas da estaca, do alho e da cruz são
verdadeiras. Mas veja só! Eu ensinando a você como deve me matar!
- Não se preocupe você poupou minha vida, pouparei a
sua!
O ambiente ficou cada vez mais calmo. Allan só tinha
medo que Ruth lesse seus pensamentos e visse o quanto ela estava apaixonado por
ela.
- Sim eu sei! Sinto também algo diferente por você!
- Nossa! Como faço para você parar de ler meus
pensamentos?
- Vá embora e não volte mais à Galati.
- Não tenho nada e nem ninguém me esperando em Lion. Não quero voltar.
Quero ficar aqui com você Ruth.
Allan disse isto se dirigindo para Ruth, pegando-a nos
braços e dando um beijo em seus lábios carnudos e vermelhos como ela não sentia
há muitos anos.
Pela primeira vez em todos seus anos de vampirismo,
Ruth se sentiu mulher novamente. Allan despertara nela toda a meiguice que
havia sumido pelos tempos. Mas Ruth era
uma vampira e seus instintos não tardaram a aparecer assustando Allan que se
afastou quando sentiu os dentes caninos afiados de sua amada.
- Allan vá embora! Não há nada que podemos fazer! Não posso
deixá-lo aqui para ser meu brinquedinho, eu o amo!
- Eu também a amo Ruth e não quero perdê-la nunca! Por
favor, me transforme! Por favor! Preciso de você!
- Você não sabe o que está pedindo. É um caminho sem
volta! Você perderá tudo o que é de mais bonito na vida. O brilho do sol, o
canto dos pássaros, amigos, tudo!
- nada me importa a não ser ficar ao seu lado!
- Ruth, eu te amo!
Allan não ofereceu resistência quando Ruth se aproximou
dando-lhe um leve beijo em seus lábios. Também não fez nada na hora em que
ela, carinhosamente lhe mordeu o pescoço misturando o sangue impuro ao seu,
iniciando o processo que o tornaria seu amado imortal.
- Durma meu amor! Você ainda terá um dia de sol.
Aproveite-o, pois será o último.
Allan acordou cedo, com grande dor no corpo sentido
como se sua carne fosse explodir.
Olhou para a janela e mesmo sem forças, caminhou até lá
fora para ver o que sabia ser o último dia de sol de sua vida.
Aos poucos foi se acostumando com a dor. Tinha que ser
forte para mostrar à sua amada que seu sofrimento estava valendo o que ela
havia feito por ele. Saiu do quarto e começou a explorar novamente a casa onde
estava. Notou que ela não estava mais em ruínas e não sabia se era imaginação
ou se eram visões de sua nova vida.
Caminhou pelo jardim evitando os raios diretos de sol
que já lhe incomodavam e viu porque Ruth havia dito com lágrimas nos olhos o
que ele perderia sendo vampiro. O dia estava diferente, bonito, os pássaros
estavam mais afinados e o sol brilhava de forma tão intensa que Allan tinha
certeza de o sentir assim pela sua transformação.
Do mesmo modo que começou, o dia acabou rapidamente,
deixando em Allan um gosto de saudades que só sumiu quando Ruth apareceu mais
linda do que nunca, deixando o quarto com um brilho radiante.
- Como passou o dia?
- Aproveitei o máximo que pude. Agora estou pronto. Que
vai acontecer?
- Ontem eu misturei nossos sangues, hoje você terá a
segunda e última dose. Está preparado?
- Sim, claro.
- Preparei para você um jantar de despedida. Sua próxima
refeição será como a minha.
- Precisarei matar pessoas?
- Só se for necessário. Você terá o dom de ler os
pensamentos e ver as auras das pessoas e assim saberá separar as que merecem
morrer e as que podem ser poupadas. Uma única mordida rápida, sem mistura de
sangue, não prejudicará qualquer pessoa, que terá no máximo febre por alguns
dias. Meu protetor chamava isto de jantar rápido. Várias vezes nos misturávamos
às pessoas em multidões e saíamos sem sermos sequer percebidos pelos nossos
alvos. Além do mais, podemos também nos alimentar de pequenos animais, como
coelhos e veados. Particularmente prefiro o sangue dos humanos.
O jantar estava mesmo maravilhoso: javali com molho
especial, pão amanhecido e vinho tinto de uma safra longínqua.
- Estou preparado!
- Que assim seja.
às 08 novembro 2011 em 02:06 - lunnafrank
ResponderExcluirAi sera que vamos ter um amor por toda eternidade , tomara que Allan se transforme em vampiro....Ai to adorando essa historia... Beijussss eu queria um amor assim ai ai ai...
às 08 novembro 2011 em 03:57 - luaesolnoiteedia
ResponderExcluirPassando pra desejar uma noite d muito amor e paz ainda voltarei pra ler seus poemas prometo beiijjuuss
às 08 novembro 2011 em 03:57 - luaesolnoiteedia
ResponderExcluirPassando pra desejar uma noite d muito amor e paz ainda voltarei pra ler seus poemas prometo beiijjuuss
às 09 novembro 2011 em 01:44 - poetaluizclaudio
ResponderExcluirUm dia quando eu colocar um restaurante irei convida-lo..sera uma honra recebe-lo
às 10 novembro 2011 em 00:26 - poetaluizclaudio
ResponderExcluirSou suspeito pra te elogiar porque vc amigo é um poço e qualidades.que vc tenha uma otima quinta
às 11 novembro 2011 em 01:29 - 100palavrasvagno
ResponderExcluirJá esta no capítulo 05, o sono tá chegando, durmo cedo! Volto outro dia e leio com bastante calma todos os artigos. Teremos quantos capítulos? Meu amigo escrito como é vosso nome? Obrigado pela visita e comentários no http://minharuasuarua.spaceblog.com.br/! Volto viu! Vagno!
às 20 novembro 2011 em 04:06 - marymeyer
ResponderExcluirPassando para te agradecer pale visita e te desejar um domingo cheio de paz e muita luz.