Para onde será que Ruth levou Allan? Descubram agora no Capítulo 4. Boa leitura!
O
MOINHO - CAPÍTULO 4
Allan não teve tempo para nada. Quando viu estava voando abraçado a Ruth.
As luzes da cidade foram ficando cada vez menores, até
sumirem no horizonte.
Allan não entendia o que estava acontecendo. Pensou em
se beliscar, para ver se não era um delírio de vinho, mas ficou com medo de
cair. E com razão, pois estava bem alto, literalmente...
O Vôo durou pouco... Alguns minutos. Ruth ia rápido,
como que fugindo e levando o perseguidor junto. Não tardaram a chegar a uma
grande casa nos pés de uma colina, próximo a um extenso pântano.
Entrando por uma janela, Ruth deixou Allan no chão de
um quarto dizendo:
- Fique aí e depois conversaremos.
- Como?
- Espere por mim.
E sumiu por um corredor escuro.
Allan estava muito tonto para entender o que havia
acontecido naquela noite. Aninhou-se em um canto do quarto adormecendo em
seguida.
Acordou assustado com o sol, que entrava pela janela,
queimando seu rosto. De início não se lembrava como havia chegado até aquele
local, mas depois de andar um pouco pelo quarto, a imagem de Ruth pegando-o no
colo e pulando da sacada do quarto do hotel veio em à sua mente deixando-o
perplexo com a situação.
Tratou de explorar a casa, procurando Ruth por todos os
cômodos.
- Ruth! Ruth! Onde você está? Ruth!
Mas Ruth não estava em canto algum.
- Como alguém pode morar num lugar destes? Esta casa
está toda em ruínas...
Descendo por uma escada que saía da cozinha, Allan
chegou até uma grande porta trancada.
- Ruth! Você está aí? Ruth! Ruth!
Tentou abrir a porta usando toda sua força, mas
desistiu logo.
- Não adianta muito pesada... Mas seja o que for que
tem lá dentro, Ruth está lá.
Voltou para o quarto e ficou olhando a paisagem pela
janela. O pântano, apesar de assustador à noite, era bonito de ser ver durante
o dia. Os raios de sol batendo nas árvores e refletindo nas águas davam uma
imagem bonita ao local sombrio. Esta visão o fez Allan recordar de sua
infância, onde ouvia estórias de bruxas que moravam em pântanos e comiam
crianças desavisadas.
É lógico que Allan há muitos anos sabia que aquelas
estórias eram feitas para assustar as crianças e deixa-las com medo de se
aventurarem pelas matas que circundavam a pequena vila onde moravam no interior
da França.
- Será?
Tudo ficava cada vez mais claro! Sua avó tinha razão,
Ruth era uma bruxa que usava seus poderes para se tornar bonita aos olhos dos
homens e assim poder levá-los até sua casa, mata-los e oferecer seu sangue para
algum deus pagão.
O sonho de uma mulher bonita e um amor que durasse para
sempre estava se destruindo. Allan tratou de sair correndo da casa, mas não
tardou para perceber que estava entre um pântano desconhecido e um penhasco. Já
estava escurecendo e Allan sabia que precisava se defender da alguma maneira.
- Não vim até aqui para morrer! Vou lutar sim! Você vai
ver sua bruxa!
- Quem é bruxa?
Disse Ruth, se aproximando de Allan em total silencio.
- Para trás! Não se aproxime de mim! Ou serei obrigado
a matá-la!
- Eu sabia! Sabia que sua reação seria esta. Não sei
por que insisti em ir vê-lo noite passada! Vá embora agora! O melhor caminho é
rodear o pântano, você chegará à vila mais próxima em algumas horas.
Ruth terminou sua fala, virou-se e num pulo já estava
no balcão do quarto olhando para Allan ainda paralisado, sem ação.
Depois de segundos de hesitação, Allan foi embora pelo
caminho indicado tristemente por Ruth. Alguns minutos correndo foram o
suficiente para Allan parar totalmente cansado em com fome.
- Deus! Onde estou agora? Tudo escuro! Não vou nunca
achar o caminho de volta!
- Continue nesta direção Allan.
- Ruth! Por favor, não faça mal a mim!
- Por que acha que farei mal a você Allan?
- Você é uma bruxa... Não é?
- Não... Não sou... Infelizmente sou coisa pior. Mas
não se preocupe, a você não farei nada.
- Não consigo ter medo de você. Quem é você Ruth?
- Vamos voltar para a casa. Lá conversaremos.
Allan sabia que não teria muito a discutir e pôs-se a
voltar pela trilha.
- Quer vir comigo?
- Não, vou andando mesmo!
- Como quiser.
Disse Ruth, antes de sumir novamente pela mata densa.
Ao chegar a casa, Allan avistou o quarto iluminado pela
lareira e Ruth no balcão o aguardando. Estava linda, mas Allan não queria
pensar nisto.
- Deve ser feitiço.
- Ande logo, seu jantar esfriará!
Chegando ao quarto, Allan viu uma mesa posta com um
belo coelho assado cheirando a tempero de pimenta, duas taças de vinho e Ruth
em pé, próxima da lareira.
- Venha, sente-se, sei que está fraco e com fome.
- Você não vai comer?
- Hoje estou sem fome. Fique à vontade. Eu ficarei aqui
para conversarmos. Não tenha medo. Não chegarei perto de você.
às 05 novembro 2011 em 01:44 - poetaluizclaudio
ResponderExcluirGostei muito. sempre excelente.....
às 05 novembro 2011 em 01:52 - poetaluizclaudio
ResponderExcluirO bolo Souza Leão é uma das receitas mais antigas da doçaria brasileira. Acredita-se que a receita do Bolo Souza Leão já tenha 140 anos. É confeccionado a partir da mandioca, do leite de coco, açúcar, manteiga e ovos, e o resultado é um bolo cremoso, com a consistência de um pudim muito firme. O nome do bolo vem da família pernambucana Souza Leão, que teria sido a criadora da receita no século XIX. Essa família tem suas raízes nos municípios de de Jaboatão dos Guararapes e Moreno. Tradicionalmente, o Bolo Souza Leão é um bolo servido em ocasiões especiais, tendo-se apuro não só na escolha dos ingredientes e preparo, como também no esmero em servi-lo em louças e porcelanas finas e utensílios de prata. Devido a expansão dos ramos da família Souza Leão ao longo do tempo, muitas variações da receita são disputadas como sendo as melhores e originais. Essas variações se constituem na alteração das quantidades dos ingredientes principais ou no acréscimo de especiarias, como a canela, a erva-doce, e a castanha-de-caju
às 05 novembro 2011 em 22:27 - lunnafrank
ResponderExcluirAmigo este Moinho esta ficando cada vez mais interessante sou fã de carteirinha , semana que vem tem mais ebaaaaa Bejussss
às 06 novembro 2011 em 00:03 - poetaluizclaudio
ResponderExcluirVc é suspeito no elogio porque vc tem um gosto apurado amigo.Vc tem um olhar profundo e critico com que qualidade impar...Que seu domingo seja de muita luz e paz.
às 08 novembro 2011 em 00:17 - escritornashorasvagas
ResponderExcluiramigos, muito obrigado pelos comentários. beijos e abraços!
às 18 novembro 2011 em 18:29 - decoradesivos
ResponderExcluirNão entendo como perdi esse capitulo.Vou correr pra ler os outros e colocar a história em dias.